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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Duas vezes teatro na noite mais fria do ano

Uma peça de teatro termina. É o momento das palmas. O ator agradece, mas o público não sai porque começa o momento da revelação (não, não é a novela do SBT, embora ela seja citada): aquilo não passava de teatro. Mas o momento a partir da revelação, esse “agora”, também não é teatro?

Certa vez me disseram que a vida é muito mais interessante que o teatro. Nessa semana, ouvi que o teatro é uma oportunidade para criarmos algo além da vida. Acredito que essas duas ideias estão presentes no espetáculo A NOITE MAIS FRIA DO ANO. Uma peça que brinca com o teatro e com a vida.

Se o tema é complexo para os artistas, imagina para o público que não freqüenta teatro - seria a minha primeira colocação se eu lesse os dois parágrafos acima. Mas esse trabalho apenas usa o teatro para colocar em xeque relacionamentos amorosos; o amor enquanto apego ou doença; o homem enquanto um ser que manipula sentimentos, mente, blefa.

Um Bortolloto de poucos palavrões. Um parlapatão chorando em cena: o mesmo palhaço (nesse trabalho sem qualquer indumentária) que faz rir durante boa parte do tempo, também chora e dá vida a um homem dramaticamente apaixonado. Tais ingredientes, somados a tantos outros, comunica aquilo a que se propõe. E a(s) história(s) encenada(s) é(são) só pretexto(s).

A NOITE MAIS FRIA DO ANO.
Texto e direção: Marcelo Rubens Paiva. Co-Direção: Fernanda D’Umbra. Elenco: Alex Gruli, Hugo Possolo, Mário Bortolotto e Paula Cohen. Produção Executiva: Anna Cecília Junqueira. Assistência de Produção: Larissa Orlow e Edu Reyes. Luz e Fotografia: Rui Mendes e Lu Barone. Cenografia: Zé Carratu. Sonoplastia: Aline Meyer e Marcelo Rubens Paiva. Colaboração: Mário Bortolotto. Programação Visual: Richard Kóvacs. Em cartaz no Espaço Parlapatões (Pça. Roosevelt, 158 – Centro – São Paulo) até 29/07, terças e quartas às 21h.






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