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domingo, 12 de julho de 2009

Mais uma história de MARIA. E assim o teatro PEREGRINA.


“Uma história graciosa”, no melhor sentido da palavra, define o espetáculo Maria Peregrina. Com 9 anos de estrada e muitos prêmios, esse trabalho é uma demonstração de exploração da contação de uma história partindo do narrador, que olha no fundo dos seus olhos, e do personagem, que ilustra a cena. Com quebras excelentes e algumas piadas nos momentos adequados.

Ao entrar na semi-arena do histórico Teatro de Arena Eugênio Kusnet, um clima de doce alegria seduz o público, que permanece com esse semblante até o final do espetáculo. Em menos de uma hora, um misto de elementos teatrais bem sincronizados comunica o que se propõe de forma poética. E sem utilizar o recurso da história de final feliz ou da mensagem de caráter moral.

A cada dia que passa tenho mais certeza de que a simplicidade no teatro é sinônimo de beleza. E isso prova como o gosto pessoal não é importante: o teatro é muito mais. Digo isso, pois eu não teria optado pelos cenários e figurinos escolhidos, assim como também a temática não é a que mais me atrai. No entanto nada disso tem importância, uma vez que o espetáculo é costurado de uma forma tão objetiva, que todos os signos tem um porquê de ser. Sem contar o mais importante: saio de lá refletindo sobre como são construídas as verdades. Ponto positivo!!!

Meu ponto negativo vai para o funcionário da Funarte, que obviamente não entendeu o espírito do espetáculo. O rapaz indicou que o público não se espalhasse pela platéia para “não dispersar”. Resultado: os próprios atores sentiram-se incomodados ao ver a plateia aglutinada da porta ao meio do teatro.
Maria Peregrina fica em cartaz só mais essa semana (até 19/07/2009): sexta e sábado às 21h e domingo às 19h, no Teatro de Arena Eugênio Kusnet (Rua Teodoro Baima, 94 - Vila Buarque / SP). Visite também o blog da Cia. Teatro da Cidade, responsável pelo trabalho: http://ciateatrodacidade.blogspot.com/ .


Texto: Luís Alberto de Abreu. Direção: Claudio Mendel. Elenco: Adriana Barja, Conceição de Castro, Caren Ruaro, André Ravasco, Tamara Cardoso e Vander Palma. Direção musical: Márcio de Oliveira. Cenário, figurino e adereços: Carlos Eduardo Colabone. Iluminação: Daniel Augusto e Claudio Mendel. Produção executiva: Carla Maciel. Fotógrafo: Tito Oliveira (as fotos aqui expostas são de Paulo Arias).

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