Com ternura, olho para o passado
Pernas bambeiam de emoção
Àquela mente, um frango assado
À alma, toda a minha devoção.
Eu queria tanto envelhecer
Que não percebia minha condição de palhaço
Precisei o nariz vermelho conhecer
Pra entender que muito adulto é feito de aço.
Com o tempo a família sofreu mudanças
Quem se foi permanece ainda mais presente
De essência são nutridas as lembranças
É chegada a hora de plantar nova semente.
Os que ficaram estão ainda mais despertos
Evolução é a palavra de ordem
A busca por crescimento os tornam espertos
Desvinculados de toda desordem.
Hoje moro sozinho em uma casa bem pequena
Desprovida de espaço para a solidão
Mas que dá alegria a uma vida simples e serena
Já meu coração, abriga a imensidão.
Sensibilidade, chegou sua vez
Por favor, sinta-se à vontade
Esqueça toda e qualquer timidez
Quero a mais profunda verdade.
Estendo um especial tapete vermelho
Logo, à porta, bate o amor pedindo licença
Diante de suas águas, vejo um espelho
Eis o MAR, novamente marcando presença.
Tudo fruto de um jardim bem cuidado
Anos e anos confiando nas flores como amuleto
Trabalho árduo e duro, todavia dedicado
A quem, para manter a rima, nomeio borboleto.
Adriano Rizk
31/01/2013
Obs.: Esse texto é uma resposta ao POR QUE NÃO ME DIVIRTO?, postado em: http://adrianorizk.blogspot.com.br/2012/09/por-que-nao-me-divirto.html
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