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quinta-feira, 11 de maio de 2017

SEU DESEJO É UMA ORDEM!



Se, assim como Aladim, você estivesse diante do gênio da lâmpada e o mesmo lhe concedesse três desejos, o que pediria? Tornar-se rico, casar-se com alguém improvável ou obter fama são alguns exemplos de desejos que povoam o imaginário de um número significativo de pessoas, as quais buscam manifestá-los através da lei da atração.

Recentemente assisti a um ótimo filme chamado CLICK (com Adam Sandler). É a história de um homem de classe média baixa, que quer tanto melhorar a situação financeira da família, que a deixa de lado em nome de seu trabalho. Até que um dia, ganha um controle remoto universal que permite manipular sua própria vida: através dele, é possível baixar o som do latido de seu cachorro, colocar em pausa pessoas que o incomodam, avançar no tempo (para o futuro) como forma de não ter que viver suas brigas com a esposa...

Inicialmente, esse controle remoto universal, parece tão mágico quanto a lâmpada de Aladim, só que o protagonista não conta com ocorrências, como: ao desejar obter imediatamente uma promoção profissional, que o chefe promete para poucos meses adiante, é direcionado para o momento exato em que inicia no novo cargo. Contudo, diferente da afirmação do chefe, o prazo decorrido é de um ano. E ele não se lembra de nada que aconteceu nesse período, é como se tivesse deixado de viver um ano inteiro de sua vida.

Outra surpresa é que, depois de um tempo, todos os comandos repetidos no controle remoto com muita frequência, passam a ser automáticos. Por exemplo, como ele sempre pula as brigas com a esposa, ao simples sinal de um desentendimento com a mulher, o controle remoto já o leva para um momento futuro. Certo dia, mesmo sem querer esquivar-se da briga, quando a discussão iniciaria, ele é direcionado para um momento futuro em que o casal está divorciado (durante esses saltos temporais, ele não se lembra do que acontece, mas continua em um modo automático, inexpressivo, convivendo com as demais pessoas como se fosse um zumbi).

O que parecia ser um presente, mostrou-se o pior dos pesadelos ao protagonista: em busca do total controle de sua própria vida, o descontrole instaura-se! E é exatamente isso o que acontece quando entregamos o controle de nossas vidas e nossos desejos ao ego e à nossa criança interior.

Esse filme exemplifica muito do funcionamento da lei da atração: o Universo atende a todos os nossos desejos, não apenas três, como na versão da Disney para o conto de fadas Aladim e a Lâmpada Maravilhosa. Mas será que temos real  consciência sobre o que estamos desejando?

Após feito o pedido, a lei da atração, responsável pela manifestação de nossos desejos, funciona a partir da integração entre o que acreditamos e confiamos. Embora haja uma complexidade maior envolvida, apenas para facilitar essa compreensão, podemos considerar que o que acreditamos está mais intimamente ligado ao pensamento e ao ego, enquanto o que confiamos têm uma relação maior com o sentimento e nossa criança interior.

Como exemplo, podemos citar que um desejo no qual não acreditamos ser possível manifestar, desperta sentimentos negativos, dando a sensação de que não houve manifestação. Outra possibilidade é de acreditarmos tanto em algo, que criamos pressão sobre o Universo, por meio de expectativas. Nesse caso, nosso coração também sente-se pressionado, por isso novamente a sensação é de resultados negativos.

Na verdade, a lei da atração está em constante funcionamento, a manifestação sempre acontece. O problema é quando nosso aspecto humano (composto pelo ego e criança interior) não a enxerga. Ao se fixar no desejo e no planejamento que institui com seus próprios tempos e diretrizes pré-determinadas, o ego acaba não enxergando a manifestação de outras rotas, que levam ao mesmo destino, mas por estradas diferentes, em tempos também distintos.

Em essência, a criança interior é responsável pela nosso destemor, leveza, brincadeira. Uma criança interior ferida, pode ser mimada, birrenta e não ter senso do que pode fazer ou não bem. Se você der um doce a uma criança antes do almoço, é muito provável que ela perca o apetite, prejudicando sua refeição.

O ego é nosso lado mais adulto que traz referências sobre a materialidade da vida. Ele pode tanto educar como oprimir a criança interior, É muito comum a distorção do ego, como se sua função fosse de controle. Em essência, a nobre missão do ego é abrir caminhos para a expressão dos propósitos da alma no planeta Terra.

Ego e criança interior, em essência, são parceiros da alma. Os verdadeiros desejos, aqueles que tem como base o amor e a evolução, provêm da alma. Todavia, como a alma comunica-se de modo muito sutil, cabe ao ego captar tais informações e decodificá-las para a fisicalidade.

Por exemplo: para o ego em desconexão com a alma, poder é algo egoísta, isto é, o interesse próprio vem em primeiro plano. Enquanto para o ego integrado à alma, poder é nossa capacidade de compartilhar amor.

Vale a pena percebermos que nem o ego, nem nossa criança interior são vilões. E nosso maior desafio nessa vida é sustentarmos sua integração com a alma. Uma excelente maneira de viabilizar isso é investigarmos sempre nossos desejos e nos perguntarmos a que eles servem: ao poder egoísta do ego, à criança interior ferida ou aos propósitos da alma?

Vejamos um exemplo real de uma cliente minha: após assistir ao documentário O Segredo, criou uma tela mental com o objetivo de adquirir um determinado carro. Pouco tempo depois, ofereceram um automóvel do mesmo modelo para que seu marido comprasse através de suaves prestações. Ela ficou em êxtase por conseguir manifestar seu desejo, embora aquela alegria não tenha se sustentado por muito tempo, já que havia criado a expectativa de que o carro traria a felicidade que buscava para sua vida.

O veículo acabou trazendo mais dívidas, sem contar que seu custo de manutenção era alto demais para a realidade da família naquele momento.  Eles acabaram tendo de vendê-lo. Entretanto, essa experiência fez com que ela percebesse que  seu verdadeiro desejo não era apenas material, mas também espiritual. A questão é que ela não se sentia merecedora da felicidade. Isso fez com que me procurasse e déssemos início a um lindo processo psicoterapêutico, no qual a cada dia expressa mais evolução.

A felicidade sempre nos está disponível. O ego e a criança interior ferida é que às vezes não querem enxergá-la ou não tem a coragem de mantê-la presente. Por isso é sempre tão importante cuidarmos para que ego, criança interior e alma entrem em sintonia. Essa é a chave que a lei da atração utiliza para manifestar o amor incondicional do Universo. E todos somos merecedores desse amor!!!

Adriano Rizk

Psicoterapeuta Transpessoal, Tarólogo, Astrólogo


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